PREMIO CULTURA VIVA - FORMAÇÃO
Quando caminhamos por uma trilha como essa, nos deparamos com diversos caminhos. Escolher entrar à direita, à esquerda ou ir em frente fará diferença na chegada. O fórum sobre Formação da Comunidade Virtual Ponto de Encontro – Prêmio Cultura Viva, que se iniciou a partir do texto que segue anexo, rendeu boas conversas e questões. Aqui entrelaço as idéias de uma teia que foi construída a doze mãos: Ana Olga, da Associação Cultural do Samba de Roda Dalva Damiana; Elizete Caser Rocha do Projeto Viagem pela Literatura / Prefeitura de Vitória; Inez Waack, do Instituto Religare; Leide Sousa, do Ponto de Cultura ABD Antares; Maria Inez Flores Pedroso, do Grupo de Teatro Estudantil ATIVAR e Sérgio Brito, do Espaço Cultural Pierre Verger. Quando pensamos no processo intencional de troca de experiências, ou seja, tendo um interlocutor para traçar as linhas que pretendem a construção do saber, a formação toma forma de mediadora do processo. A interatividade, seja pessoal ou à distância, desenha esse caminho, que é contínuo; gerando assimilação, reflexão e complementação do que foi sugerido. Na educação, existe a intencionalidade da ação e é importante que isso nunca se perca de vista. Inez Waack ilustra esse pensamento com sua experiência de vida: “Posso hoje me colocar que como ‘formadora’ de professores em que atuei, aprendi muito mais com a troca na reflexão do material que supostamente pretendia formar, mas se transformou em outro, mais completo; fruto de diversos saberes e pontos de vista agregados e complementadores do meu objetivo inicial…” Para Sérgio Brito “todo processo de compartilhamento do saber e multiplicação de idéias pode ser chamado de formação, desde que represente algo para o indivíduo e o faça refletir”. Informação X Formação é o que Leide Souza propõe: “a informação gera formação. Quanto mais informados, mais formados em determinadas áreas seremos. Com a seleção de informação o processo de formação torna-se mais claro e completo. Tudo que fazemos, até mesmo ir a uma esquina, precisa de informação. Claro que uma boa seleção dessa informação torna nosso caminho mais completo.” Ana Olga continua: “a informação está inserida ao processo de formação do indivíduo, assim como no seu ambiente de atuação”. Ela nos fala sobre o processo denominado SESI (Socialização, Externalização, Sistematização e Internalização). “As informações auferidas por agentes a partir de um ambiente favorável à disseminação da mesma, é que vai formar o capital intelectual do ser humano e ao mesmo tempo, o mesmo deverá ser seletivo nas informações que lhe serão necessárias no ambiente dinâmico em que vivemos”. Em uma sociedade midiatizada e informatizada como a nossa, em que somos bombardeados o tempo todo por informações, precisamos ter em mente que a informação só será transformada em formação, ou em conhecimento, ao passar pelo processo de análise, criticidade e contextualização; caso contrário, a informação fragmentada pode gerar a ‘ilusão do conhecimento’. Essa reflexão trazida pela Maria Inez é complementada quando ela diz que a palavra formação lembra conhecimento e junto vem a pergunta: o que é conhecimento? Para responder a essa questão, ou melhor, ampliar as possibilidades e abrir mais portas a serem visitadas, Maria Inez prossegue: “Além do ato pelo qual um sujeito cognoscente e um objeto se relacionam, também é o produto resultante dessa relação. No decorrer da história, temos filósofos que deram primazia a um dos dois pólos, ao sujeito, ou ao objeto. Hoje, século XXI, Edgar Morin relaciona a questão do conhecimento aos princípios do conhecimento pertinentes a esse século: o contexto, o global (as relações entre o todo e as partes), o multidimensional e o complexo (tudo está interligado, a unidade esta ligada à multiplicidade).” “O conhecimento é o guia das ações do ser humano, e este é, ao mesmo tempo, biológico, psíquico, social, afetivo e racional. É preciso reconhecer esse caráter multidimensional do conhecimento. Penso que, a palavra formação não pode ser separada desses aspectos. Também é preciso lembrar que os dois lados, eu e o outro, o outro e eu, somos formados e formadores; ambos, em sua singularidade, ‘contém de maneira hologrâmica o todo do qual faz parte e que ao mesmo tempo faz parte dele’ (Edgar Morin)”. Como vimos, falamos e ouvimos, a formação pode ser realizada de diversas formas e Elizete nos traz uma reflexão sobre a importância da leitura na formação indivíduo/cidadão: “A leitura enquanto oportunidade de enriquecimento e experiência é primordial à formação do indivíduo e do cidadão. A formação de leitores se configura como imperativo da sociedade atual. Pessoas afeitas à leitura, aptas a penetrar os horizontes veiculados em textos mais críticos, são capazes de melhor desempenho em suas atividades e apresentam melhor aptidão para o enfrentamento de problemas sociais. Nesse contexto, a aprendizagem da leitura está intimamente relacionada ao processo de formação geral de um indivíduo e a sua capacitação para práticas sociais, tais como: a atuação política, econômica e cultural, além do convívio em sociedade, seja na família, nas relações de trabalho, dentre outros espaços ligados à vida do cidadão.” Esse assunto não se esgota aqui. Aliás, qual assunto se esgota quando falamos em descortinar a realidade e reinventar a vida?
QUEM FEZ O FÓRUM ACONTECER: Ana Olga, da Associação Cultural do Samba de Roda Dalva Damiana (Cachoeira / BA) Elizete Caser Rocha Projeto Viagem pela Literatura / Prefeitura de Vitória (Vitória / ES) Inez Waack, do Instituto Religare (São Paulo / SP) Leide Sousa, do Ponto de Cultura ABD Antares (Teresina / PI) Maria Inez Flores Pedroso, do Grupo de Teatro Estudantil ATIVAR (Santa Rosa / RS) Sérgio Brito, do Espaço Cultural Pierre Verger (Salvador / BA) — Mariana Cetra Prêmio Cultura Viva
PREMIO ARETÉ EVENTOS EM REDE
PROJETO - OS DIAS ERAM ASSIM
Quando caminhamos por uma trilha como essa, nos deparamos com diversos caminhos. Escolher entrar à direita, à esquerda ou ir em frente fará diferença na chegada. O fórum sobre Formação da Comunidade Virtual Ponto de Encontro – Prêmio Cultura Viva, que se iniciou a partir do texto que segue anexo, rendeu boas conversas e questões. Aqui entrelaço as idéias de uma teia que foi construída a doze mãos: Ana Olga, da Associação Cultural do Samba de Roda Dalva Damiana; Elizete Caser Rocha do Projeto Viagem pela Literatura / Prefeitura de Vitória; Inez Waack, do Instituto Religare; Leide Sousa, do Ponto de Cultura ABD Antares; Maria Inez Flores Pedroso, do Grupo de Teatro Estudantil ATIVAR e Sérgio Brito, do Espaço Cultural Pierre Verger. Quando pensamos no processo intencional de troca de experiências, ou seja, tendo um interlocutor para traçar as linhas que pretendem a construção do saber, a formação toma forma de mediadora do processo. A interatividade, seja pessoal ou à distância, desenha esse caminho, que é contínuo; gerando assimilação, reflexão e complementação do que foi sugerido. Na educação, existe a intencionalidade da ação e é importante que isso nunca se perca de vista. Inez Waack ilustra esse pensamento com sua experiência de vida: “Posso hoje me colocar que como ‘formadora’ de professores em que atuei, aprendi muito mais com a troca na reflexão do material que supostamente pretendia formar, mas se transformou em outro, mais completo; fruto de diversos saberes e pontos de vista agregados e complementadores do meu objetivo inicial…” Para Sérgio Brito “todo processo de compartilhamento do saber e multiplicação de idéias pode ser chamado de formação, desde que represente algo para o indivíduo e o faça refletir”. Informação X Formação é o que Leide Souza propõe: “a informação gera formação. Quanto mais informados, mais formados em determinadas áreas seremos. Com a seleção de informação o processo de formação torna-se mais claro e completo. Tudo que fazemos, até mesmo ir a uma esquina, precisa de informação. Claro que uma boa seleção dessa informação torna nosso caminho mais completo.” Ana Olga continua: “a informação está inserida ao processo de formação do indivíduo, assim como no seu ambiente de atuação”. Ela nos fala sobre o processo denominado SESI (Socialização, Externalização, Sistematização e Internalização). “As informações auferidas por agentes a partir de um ambiente favorável à disseminação da mesma, é que vai formar o capital intelectual do ser humano e ao mesmo tempo, o mesmo deverá ser seletivo nas informações que lhe serão necessárias no ambiente dinâmico em que vivemos”. Em uma sociedade midiatizada e informatizada como a nossa, em que somos bombardeados o tempo todo por informações, precisamos ter em mente que a informação só será transformada em formação, ou em conhecimento, ao passar pelo processo de análise, criticidade e contextualização; caso contrário, a informação fragmentada pode gerar a ‘ilusão do conhecimento’. Essa reflexão trazida pela Maria Inez é complementada quando ela diz que a palavra formação lembra conhecimento e junto vem a pergunta: o que é conhecimento? Para responder a essa questão, ou melhor, ampliar as possibilidades e abrir mais portas a serem visitadas, Maria Inez prossegue: “Além do ato pelo qual um sujeito cognoscente e um objeto se relacionam, também é o produto resultante dessa relação. No decorrer da história, temos filósofos que deram primazia a um dos dois pólos, ao sujeito, ou ao objeto. Hoje, século XXI, Edgar Morin relaciona a questão do conhecimento aos princípios do conhecimento pertinentes a esse século: o contexto, o global (as relações entre o todo e as partes), o multidimensional e o complexo (tudo está interligado, a unidade esta ligada à multiplicidade).” “O conhecimento é o guia das ações do ser humano, e este é, ao mesmo tempo, biológico, psíquico, social, afetivo e racional. É preciso reconhecer esse caráter multidimensional do conhecimento. Penso que, a palavra formação não pode ser separada desses aspectos. Também é preciso lembrar que os dois lados, eu e o outro, o outro e eu, somos formados e formadores; ambos, em sua singularidade, ‘contém de maneira hologrâmica o todo do qual faz parte e que ao mesmo tempo faz parte dele’ (Edgar Morin)”. Como vimos, falamos e ouvimos, a formação pode ser realizada de diversas formas e Elizete nos traz uma reflexão sobre a importância da leitura na formação indivíduo/cidadão: “A leitura enquanto oportunidade de enriquecimento e experiência é primordial à formação do indivíduo e do cidadão. A formação de leitores se configura como imperativo da sociedade atual. Pessoas afeitas à leitura, aptas a penetrar os horizontes veiculados em textos mais críticos, são capazes de melhor desempenho em suas atividades e apresentam melhor aptidão para o enfrentamento de problemas sociais. Nesse contexto, a aprendizagem da leitura está intimamente relacionada ao processo de formação geral de um indivíduo e a sua capacitação para práticas sociais, tais como: a atuação política, econômica e cultural, além do convívio em sociedade, seja na família, nas relações de trabalho, dentre outros espaços ligados à vida do cidadão.” Esse assunto não se esgota aqui. Aliás, qual assunto se esgota quando falamos em descortinar a realidade e reinventar a vida?
QUEM FEZ O FÓRUM ACONTECER: Ana Olga, da Associação Cultural do Samba de Roda Dalva Damiana (Cachoeira / BA) Elizete Caser Rocha Projeto Viagem pela Literatura / Prefeitura de Vitória (Vitória / ES) Inez Waack, do Instituto Religare (São Paulo / SP) Leide Sousa, do Ponto de Cultura ABD Antares (Teresina / PI) Maria Inez Flores Pedroso, do Grupo de Teatro Estudantil ATIVAR (Santa Rosa / RS) Sérgio Brito, do Espaço Cultural Pierre Verger (Salvador / BA) — Mariana Cetra Prêmio Cultura Viva
PREMIO ARETÉ EVENTOS EM REDE
PROJETO - OS DIAS ERAM ASSIM